Patrimônio cultural da humanidade, o conjunto arquitetônico da Lagoa da Pampulha abriga cinco monumentos que fazem parte da criação de Belo Horizonte
Hoje, a história da Lagoa já se confunde com a da capital,mas está repleta de curiosidades que enchem os “causos” de qualquer roda de prosa mineira. Quem nunca ouviu de algum parente mais velho: “Quando eu era jovem…”. O Sou BH separou alguns relatos sobre esse espaço que está presente na vida de todos nós. Então senta, que lá vem história.
A Igrejinha da Pampulha levou anos para ser reconhecida
Em 1943, quando a construção da capela foi concluída, a Igreja Católica se recusou a reconhecer o local como um santuário religioso, por considerá-la moderna demais. Mesmo com os 14 painéis da Via Sacra de Cândido Portinari, os católicos não identificavam figuras sagradas o suficiente no local. Somente em 1958, a Igreja São Francisco de Assis passou a realizar missas.
O Museu de Arte da Pampulha foi projetado para ser um cassino
Com o aval do então prefeito de BH, Juscelino Kubitschek, o cassino foi o primeiro projeto de Oscar Niemeyer para o Conjunto da Pampulha. O local atraía jogadores do Brasil inteiro e era um point da vida noturna belo-horizontina. Porém, com a proibição de cassinos no Brasil, em 1946, fechou suas portas por dez anos e só foi reaberto em 1957, como um museu.
Era possível praticar esportes aquáticos da Lagoa
Na década de 1950 era muito comum as pessoas praticarem esportes aquáticos na Lagoa, naquela época a água era limpa. O local era frequentado por esquis, canoas, barcos a vela e a remo, lanchas e iates. Além disso, era corriqueiro as diversas competições da cidade e até nacionais.
Um hotel estava nos projetos iniciais do Conjunto
Dizem que a construção de um hotel também fazia parte do projeto inicial do Conjunto da Pampulha. Há indícios de que as obras até começaram, mas não foram finalizadas.
A Volta da Pampulha não é uma maratona
Diferente do que muitos possam imaginar, a mais famosa prova de atletismo de BH não possui a distância oficial de maratona (aproximadamente 42,2 km) ou sequer meia-maratona (aproximadamente 21,1 km). O traçado padrão da corrida tem 17,8 km e apenas em 2012 teve uma distância diferente: 18,6 km, com a inclusão do Mineirão no trajeto.
Existem mais de 100 capivaras na lagoa
De origem incerta, as capivaras vivem há muitos anos na lagoa. Acredita-se que vieram, principalmente, do interior do estado e encontraram um ambiente favorável para reprodução na Pampulha. Atualmente, as várias famílias já fazem parte da paisagem da região.
Existe mais de um jacaré na Lagoa
Engana-se quem pensa que o icônico Jacaré da Pampulha não tem uma família. Segundo o último censo feito pela Prefeitura de Belo Horizonte, em maio do ano passado, existem no mínimo 20 répteis no local. A origem deles é desconhecida, alguns dizem que pescadores os soltaram na lagoa.
A Casa do Baile era uma boate
E, acredite: o local garantia o entretenimento das noites na capital, no início da década de 1940. Com salão de festas e eventos musicais, o point era uma parte integrante do cassino. Em virtude da proibição do jogo em 1946, também fechou as portas.
A lagoa não é uma formação natural
Terminada no início de 1943, quando o prefeito da capital era Juscelino Kubitscheck, a lagoa foi artificialmente construída com o represamento de um ribeirão que cortava a região. Faz parte da Bacia do Rio das Velhas, que, por sua vez, integra a do Rio São Francisco.
JK não teve a ideia de criar a lagoa
Quem começou os primeiros esboços do que viria a se tornar o Conjunto Moderno foi o antecessor de Kubitschek na Prefeitura de BH: Otacílio Negrão de Lima. Ainda na década de 1930, o então mandatário de BH idealizou a lagoa para prevenir enchentes e abastecer a capital. Mas o famoso projeto executado por Oscar Niemeyer e sua estrutura atual foram frutos do trabalho de Juscelino.
O Parque Ecológico da Pampulha foi “solução” ambiental
Resultado de uma grande recuperação ambiental, o parque teve origem com o processo de assoreamento das margens da lagoa. A retirada e o agrupamento de milhões de metros cúbicos de areia e sedimentos depositados no local deram origem ao que hoje é um grande espaço público de lazer. Sua área levou cerca de uma década para estabilizar uma fauna e flora saudáveis.
O nome “Pampulha” é uma homenagem a Portugal
A exata origem do nome Pampulha se perdeu ao longo dos anos. A tese mais provável dá conta de que antes da criação da Lagoa, a região tinha fazendas povoadas por imigrantes portugueses. Para nomear a área, eles escolheram o nome de um antigo bairro de Lisboa: Pampulha. Hoje, o bairro já não existe mais na capital lusitana, mas há uma famosa Calçada Pampulha.
Via: Lagoa da Pampulha